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  • Foto do escritorMaria Caribé

Que dancemos em harmonia.


Quando recebi o convite para participar desse espaço fiquei muito feliz, honrada e admirada de ver como a vida é energia e como as coisas estão conectadas. Pois o chamado aconteceu justamente na semana em que eu comecei a pôr em prática um projeto que também envolve união entre mulheres e colaboração. E além deste, houve outro convite parecido, quase no mesmo dia. O curioso é que eu não havia comentado sobre esse meu projeto com quase ninguém além das poucas pessoas envolvidas. Pensei, como a nossa frequência realmente emana informações para o mundo, que podem ser captadas de longe. Está tudo conectado mesmo. A vida está o tempo todo nos mostrando isso.


Mas, se por um lado eu estava admirada e empolgada com as conexões da vida, por outro estava um pouco receosa em me expor de forma diferente do que tenho feito nos últimos tempos. Me peguei pensando em mil coisas, o que me deixou um tanto confusa. Me senti saindo da toca, depois de um tempo recolhida. Recém-saída do ninho confortável e escuro, meus olhos ainda doem e minha visão se ofusca com muita luz do sol.


Acontece que o impulso veio de dentro e os chamados surgiram logo de fora, para confirmar o que eu já sentia. Então, é tempo de me expor novamente, sem medos, ou melhor, abraçando e reconhecendo meus medos. Afinal, viver é isso, não é mesmo? Deixar o sol queimar um pouco a pele para produzirmos melanina, fazer rasgar os músculos para ficarmos mais fortes, entrar em contato com o vírus para produzirmos anticorpos. Ter jogo de cintura e dançar conforme a música. Ou encontrar nosso próprio ritmo, aprender novos passos. O certo é que é preciso se arriscar.


É importante o recolhimento, o mergulho profundo, conhecer e respeitar nosso tempo, mas é importante também se lançar e entrar na dança que já acontece lá fora, de vez em quando. Mesmo que um pouquinho enferrujada, desajeitada. Se permitir e se conhecer mais ainda nos tropeços e quedas. E aprender a dar risada do nosso lado ridículo. Aprender a fluir com as águas correntes. Acompanhar um passo e outro de quem está ao seu lado. Essa troca nos enriquece muito. É o que nos faz evoluir.


Aliás, acredito mesmo que somos todos crianças nessa história humana prematura na Terra. O que nos enrijece é a ilusão de que somos adultos, é a noção distorcida de responsabilidade. Estamos privando até as crianças pequenas da verdadeira infância. Muitas vezes antecipando a vergonha, os pudores, as paranoias de gente grande. É preciso voltar a brincar, se permitir dar risada de besteiras importantes, conhecer o mundo experimentando, experienciando. Viver de verdade. Ser simplesmente em nossa inteira complexidade.

Pois, que sejamos liberdade, leveza e cooperação. Que dancemos em harmonia, com a natureza, com nossos próprios corpos. Que nos curemos a partir de nossas verdades. Que tenhamos olhos para ver o invisível, espaço para sentir o impalpável e percepção para compreender as mensagens que, às vezes, estão vindo é de dentro mesmo.


A imagem que ilustra esse texto traz uma energia especial pra mim, por ter nascido justamente durante uma interação que tive com Mariana, a criadora desse espaço aqui. Ela surgiu em paralelo a outras imagens que Mari me encomendou, e eu adorei. À propósito, avisando aos que tiverem interesse, todas as imagens de minha autoria que postarei aqui certamente estarão disponíveis para venda. Basta entrar em contato. ;-)


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